quinta-feira, 5 de julho de 2018

Regime golpista trás o Brasil de volta a fome

Dois artigos sobre o tema
Movimentos populares, sindicatos e entidades da sociedade civil vão fazer uma caravana pelo interior do país para descrever um cenário de alerta: a fome voltou a assombrar a nação. O número de brasileiros que passam fome cresceu.
A iniciativa de apurar, com uma caravana, o crescimento do número de pessoas que passam fome no país foi idealizada pela Articulação do Semiárido (ASA) e começa no interior de Pernambuco, em Caetés, no dia 26 de julho.
A caravana vai colher relatos para ilustrar este processo, que vai na contramão de compromissos que o país assumiu com a Organização das Nações Unidas (ONU) — entre eles, a segurança alimentar, uma das metas da Agenda 2030, e a redução da fome e da pobreza, um dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio que o país atingiu em 2015.
Este ano, o governo brasileiro, novamente, não vai apresentar o relatório de acompanhamento das metas de desenvolvimento sustentável para 2030. A publicação dos dados é voluntária. Mas o grupo de trabalho de organizações sociedade civil que investiga o cumprimento destes objetivos vai divulgar um novo relatório no final de julho.
De acordo com o pesquisador Francisco Menezes, integrante da ActionAid e do Instituto Brasileiro de Análises Sociais e Econômicas (Ibase), o relatório deve indicar o agravamento do que as entidades já haviam constatado em 2017: de que haviam indícios que o país pode voltar ao Mapa da Fome da ONU.
O país saiu da lista da fome em 2014, quando foram divulgados os índices mais recentes da Escala Brasileira de Insegurança Alimentar (EBIA), pesquisa realizada a cada cinco anos. Os dados mostravam que, em 2013, cerca de 3,2% da população, aproximadamente 3 milhões de domicílios, viviam em situação de insegurança alimentar grave — índice mais baixo que o Brasil o país atingiu. 
A queda representou 28,8% em relação a 2009, quando 5% da população brasileira vivia em situação de intensa privação de alimentos. 
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Lula acusa golpe de trazer de volta a fome
Fome, desemprego e perda de direitos históricos. Esses são alguns exemplos do impacto do golpe na vida dos brasileiros, na avaliação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em entrevista exclusiva ao Brasil de Fato. Para reverter esse cenário, Lula afirma que vai convocar um referendo revogatório, caso se candidate e seja eleito em 2018. Sobre as eleições presidenciais, ele dispara: “Eu não precisava ser candidato a presidente. Eu já fui, já fui bem sucedido. Mas eles cutucaram a onça com vara curta e a onça vai brigar”. Na entrevista, Lula volta a denunciar o papel da Rede Globo na perseguição política contra ele, em aliança com o Poder Judiciário, Ministério Público e Polícia Federal. 

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